segunda-feira, 4 de abril de 2011



 
Desabafo.

Tudo aqui é tão diferente. A mudança me parecia tão mais fascinante quando era apenas uma possibilidade.
Com sua concretização, tudo parece vazio. As pessoas não tem tempo umas para as outras, ninguém cria admiração por ninguém, estão sempre ocupadas, com pressa... Conhecer alguém hoje que amanhã não lembrará se quer o seu nome agora é rotina. Tenho mesmo que fingir que acho isso normal? Sinto falta de quem eu deixei lá, naquele lugarzinho sem muito movimento. Aqueles com quem eu compartilhei abraços, conversas, sorrisos, músicas, opniões, lágrimas. Estão distantes agora, e os telefonemas falhos não os trazem pra perto de mim, não da maneira que eu desejo. Quem garante que ainda estarão lá quando eu puder visitá-los? Queria que pensassem em mim como eu penso em cada um deles todos os dias. Áqueles que me ajudaram a ser quem eu sou hoje, aos que me ensinaram coisas, aos que conheço a mais tempo, aos que me conquistaram na primeira conversa; Muito obrigada. Cada um de vocês tem uma importância singular pra mim! Sempre serão os motivos pelos quais eu vou sorrir sozinha, e é sobre vocês que eu vou falar, sempre que alguém me perguntar do que eu sinto mais saudades.

" Até a luz do sol se apagar, enquanto houver ar pra respirar... "

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011




- O quanto vocês são amigas?
- De um modo que se ela matar alguém, eu escondo o corpo e não faço perguntas!

Porque melhores amigas juntas são piores que o diabo de TPM .


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011




Sem Título.


Pensei que amava e não amava, pensei que não amava e amava. Pensei ser o mundo de alguém quando eu só era mais alguém no mundo. Tentei proteger pessoas que duvidaram das minhas boas intenções. Fui movida por paixões avassaladoras, beijos de sangrar as gengivas. Convivi com vilões. Senti saudades de momentos não vividos. Amei loucamente, morri de ciúmes, tive ataques de fúria, quebrei coisas, rasguei fotos. Vi pessoas queridas indo embora. Me desfiz de amores antes mesmo de nascerem. Fui egoísta, desejei que o mundo inteiro explodisse só porque eu não estava bem. Quis viver pra sempre. Desejei a morte instantânea. Ganhei de virada. Perdi por WO. Tomei uma dose de desapego antes mesmo de abrir a garrafa. Xinguei pessoas mentalmente. Xinguei pessoas em alto e bom som. Cortei o cabelo sozinha. Me senti a pessoa mais feia do mundo. Desenhei, com um sorriso no rosto, guerras e cabeças cortadas. Chorei vendo um filme de comédia. Dormi fora sem avisar a ninguém. Publiquei um texto sem título... Hoje o inverno me dominou, sou a pessoa mais fria do mundo, e não amo ninguém além de mim mesma.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


Livros.

Descobri que dentro dessas coisas existe uma espécie de magia capaz de me levar a lugares surreais, sentir cheiros caracteristicos, emoções inesperadas...
Descobri que essas coisas estão cheias de conhecimento.

"Um país se constrói com homens e livros."
Monteiro Lobato.

sábado, 29 de janeiro de 2011




Cidade.


Passam por mim tantas pessoas cansadas, famintas, estressadas, atrasadas, mal-educadas, felizes... E boa parte delas prestes a desistir de tudo, pedir as contas e sumir.Indo pra casa, escola, trabalho, visitar um amigo doente, ou até mesmo sem rumo. Passam por mim centenas de rostos com traços diferentes porém com expressões tão similares. Expressões essas motivadas talvez por uma briga com o namorado, uma nota baixa, uma discussão com o pai, um chefe exigente... Todos á espera de algo que os afaste de seus problemas ou mesmo que os leve até eles. Olhando daqui é como se eu pudesse ver seus pensamentos, como se cada uma dessas pessoas carregasse consigo um balão de pensamento, como nas histórias em quadrinhos. Fico de longe imaginando o que poderia estar afligindo aquela senhora na fila do super mercado, ou o que poderia ter causado aquele sorriso bobo no rosto daquele rapaz que eu vi hoje mais cedo... Me perco em pensamentos que não me pertencem. Gosto dos contrastes, das vozes, das cores, das buzinas, dos encontros, dos telefones tocando... Num vai-e-vem de pessoas que mais parece interminável.

domingo, 23 de janeiro de 2011




Nostalgia.

Esta madrugada, com o rádio ligado numa estação qualquer, á espera de uma canção que me fizesse dormir,  tocou uma música que conseguiu me fazer sentir o gosto da minha infância e projetá-la ali, diante de mim. Lembrei de vizinhas inconvenientes se perguntando se eu era um garoto ou uma garota. Tal situação fazia me sentir como um alienígena. Talvez fosse pelo fato de eu não usar brincos e nem maquiagem, como as minhas primas; me vestir mesmo feito um garoto e preferir ficar em casa ao invés de ir pra rua brincar de Verdade ou Consequência. Eu até tinha algumas bonecas, mas ela me davam um medo! Aqueles olhos azuis enormes me vigiando me causavam um desconforto inexplicável. Eu não mudei muita coisa desde então... Continuo sem brincos e sem maquiagem, e ainda me visto feito um garoto. O que mudou, é que agora já não me sinto um alienígena quando falam da minha roupa ou do meu cabelo, eu até me sinto bem sendo diferente! E essa é a maior prova de que eu cresci.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011




Maioridade.

Um momento esperado por mim muito mais do que ansiosamente. E agora, com sua chegada, posso ver que esse momento representa muito mais do que permissão pra dirigir ou fazer uma tatuagem! O peso dos meus 18 anos é bem maior do que imaginei. É como se eu tivesse sendo constantemente cobrada para dar qualquer tipo de orgulho a minha mãe e a mim mesma tambem. E por falar em minha mãe, vou sentir tanta falta dela me pedindo pra dormir mais cedo ou me chamando pra jantar aos berros! É mais uma coisa que sinto que meus 18 anos vão me tirar: A super preocupação da minha mãe comigo. Mas enfim, sinto que esse ano vai ser mesmo decisivo. Trabalho, universidade... Já consigo sentir o cheiro da minha vida adulta vindo aí. E eu cheguei a duvidar que ela chegaria.